No ano de 1467, a Tapada de Coelheiros foi oferecida como dote de casamento a D. Branca de Vilhena e Dom Ruy de Sousa, notável por sua participação no Tratado de Tordesilhas. Séculos depois, em 1863, a propriedade foi adquirida por Isadora Calhau, a primeira a habitá-la e a explorá-la diretamente, conforme documentos nos quais ela expressa a intenção de adquirir as herdades Branca de Almeida e Coelheiros.
Em 1887, quando o Conde de Azarujinha compra a propriedade, surgem os primeiros registros de vinhas, mantidas pelo rendeiro Francisco Carvalho, que se comprometia a cuidar das plantas com dedicação.
O ano de 1974 marca a compra da Tapada por Dom Diogo Pereira Coutinho, pouco antes do pós-25 de abril, quando a propriedade foi parcialmente ocupada por populares. Em 1981, Joaquim e Leonilde Silveira tornam-se os novos proprietários, investindo na plantação de vinhas e um pomar de nogueiras. As castas inovadoras escolhidas – cabernet sauvignon, chardonnay, arinto, roupeiro e trincadeira – deram origem a vinhos de perfil único.
Em 1991, a vinícola produz o primeiro vinho Tapada de Coelheiros tinto, elaborado pelo enólogo António Saramago e exibindo um rótulo que celebra a tapeçaria de Arraiolos, uma decisão estética assertiva. Anos depois, o vinho Tapada de Coelheiros Garrafeira 1996 é premiado como o melhor vinho do Alentejo e de Portugal.
Em 2015, Alberto Weisser adquire a propriedade e passa a residir nela, dando início a uma nova era para a Tapada. No ano seguinte, Luís Patrão assume a responsabilidade pela enologia e viticultura da herdade. Em 2017 são lançados o Vinha do Taco, vinho de parcela, e a nova gama de vinhos Coelheiros Branco e Tinto, consolidando a posição da Tapada de Coelheiros como referência no mercado.
Quando se entende o percurso histórico tão longo, compreende-se porque a Tapada de Coelheiros fábrica um dos melhores vinhos do Alentejo.
Entre as castas alicante bouschet, touriga franca, touriga nacional, cabernet sauvignon, petit verdot, tinta miuda, syrah, arinto, roupeiro, antão zaz, chardonnay, alvarinho, as vinhas se dividem em 38 talhões de 9: leonilde, choupal, monte, alto, taco, cabido, sobreira de cima, sobreira de baixo e ribeira. Nenhuma é igual a outra, a não ser pelo fato de possuírem certificado biológico.
É possível fazer uma visita no melhor estilo safari, estar com as 1.300 ovelhas que estrumam o solo e mantêm o equilíbrio do coberto vegetal, há veados em prados semeados.
Dentro da propriedade, entre o pomar de Nogueiras, nascido nos anos 90. Com nozes saborosas, há os olivais que ocupam cerca de dois hectares com mais ou menos 60 anos de idade. Já o Pinhal possui três núcleos de pinheiros-mansos da propriedade. Há também 650 hectares de sobreiros (70%) e azinheiras (30%).
A Natureza Preservada na Tapada dos Coelheiros
Na Tapada de Coelheiros, a sustentabilidade é uma prioridade que permeia diversas áreas de sua operação, desde o uso de energias renováveis até a gestão eficiente de recursos hídricos. A propriedade conta com uma central fotovoltaica que fornece energia limpa, permitindo que instalações como os bebedouros funcionem de forma autônoma, alimentados por painéis solares. No que se refere à gestão de água, a Tapada utiliza caudalímetros para monitorar o consumo e aplica um sistema de irrigação controlado por sondas de solo e uma estação meteorológica própria. Essa combinação de tecnologias visa otimizar o uso da água, garantindo que a produção seja mais sustentável e adaptada às condições climáticas locais.
Todo o cuidado com o meio ambiente, extraindo da terra o que ela pode oferecer, mas acima de tudo respeitando a natureza rende excelentes produtos, nozes, azeite e os vinhos excepcionais produzidos pelas vinícolas, entre eles: Coelheiros Tinto 2022, Tapada de Coelheiros Branco 2022, Tapada de Coelheiros Tinto 2013, Coelheiros Branco 2023, Coelheiros Rosé 2023, Tapada de Coelheiros Branco 2021, Tapada de Coelheiros Tinto 2019, Vinha do Taco 2014, Vinha da Sobreira 2020, Vinha do Alto 2018 e o Tapada de Coelheiros Garrafeira 2015.