Também conhecida como síndrome da classe econômica, a síndrome do viajante caracteriza uma coagulação do sangue das pernas capaz de formar a obstrução total ou parcial de uma veia. A doença, chamada de trombose, pode causar inchaço e dor.
O sangue coagulado, entretanto, forma uma placa capaz de se deslocar pela corrente sanguínea, chegar ao pulmão e ocasionar a embolia pulmonar. Neste caso, uma artéria é obstruída e pode-se sentir falta de ar, dor, tosse e a aceleração dos batimentos cardíacos.
De acordo com a Dra. Nayara Cioffi, cirurgiã vascular no Hospital Sírio Libanês, para que a trombose se manifeste “nós precisamos de uma conjunção de fatores de risco”.
Pessoas que fumam, fazem a utilização de hormônios, possuem lesões recentes, trombofilias, sedentarismo e obesidade têm maiores chances e elas vão aumentando à medida que os fatores são somados.
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Como as condições do voo viabilizam a síndrome do viajante?
Os riscos de se desenvolver uma trombose são maiores em voos com mais de seis horas de duração. Porém, a probabilidade do surgimento da síndrome do viajante duplica após quatro horas de viagem.
Dentro dos aviões, a baixa temperatura e a mobilidade reduzida criam um ambiente favorável ao desenvolvimento da doença. As longas viagens de automóveis também podem ser um fator de risco para o surgimento da “síndrome”.
“Viagens longas de avião, principalmente na classe econômica, fazem com que os passageiros fiquem muito tempo parados […] sem que a musculatura da perna se contraia adequadamente”, esclarece a cirurgiã.
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Como prevenir?
A ingestão de água ajuda a deixar o sangue mais fluido, dificultando a coagulação. A Dra. Nayara, portanto, sugere que os passageiros bebam água durante o voo e evitem bebidas alcoólicas para não desidratar. Lembre-se de iniciar a hidratação intensa 24 horas antes do voo.
Durante a viagem também é importante que as pessoas propensas andem pelos corredores a cada duas horas e movimentem os tornozelos para ativar a circulação nas panturrilhas. A cirurgiã vascular aconselha os turistas a não dormirem por longas horas no avião para não ficarem mais tempo imóveis.
- Dica Guia Melhor Viagem: Programe alarmes no celular, em pelo menos três momentos diferentes e com duas horas de distância entre eles, para ser obrigado a se movimentar. Ou, se estiver sozinho, avise ao passageiro ao lado ou a algum membro da tribulação para que possa acordá-lo.
Além disso, uma excelente alternativa para prevenir a síndrome do viajante são as meias de compressão, que possuem um tecido que causa o efeito compressivo. Um dos modelos indicados é o ¾, que cobre toda extensão da panturrilha.
- Dica Guia Melhor Viagem: Além das meias de compressão, também prefira usar roupas leves para o voo.
Apesar de terem vários níveis de força, a meia de compressão suave já é suficiente para atender os viajantes. Ela funciona por pressionar os vasos sanguíneos mais superficiais, otimizando a circulação em vasos mais profundos.
As veias mais profundas são importantes para o retorno do sangue em direção ao coração. Contra a gravidade, é importante que haja movimentação da batata da perna, gerando uma contração muscular capaz de “espremer essas veias e empurrar o sangue para cima”, ainda de acordo com a Dra. Nayara.
- Dica Guia Melhor Viagem: Mesmo que não tenha vontade de ir ao banheiro, levante-se e flexione as pernas, de duas a três vezes, na frente do assento para que o sangue possa circular.
Com a recomendação de um médico, o uso de anticoagulantes também são indicados para evitar a síndrome do viajante. Tanto a trombose, quanto o êmbolo devem ser tratados com rapidez pelo risco de ser fatal ao viajante.
- Dica Guia Melhor Viagem: Também evite o uso de remédios para dormir que impossibilitem a movimentação durante o voo.
Afinal, o que fazer para evitar a Síndrome do viajante?
- Beba água;
- Evite bebidas alcóolicas;
- Ande a cada duas horas;
- Movimente os tornozelos;
- Não durma por longas horas;
- Use meias de compressão;
- Faça uso de anticoagulantes (com prescrição médica).
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