Reconhecida por lei na sexta-feira (20), o Caminho da Estrada Real agora é, além de rota turística, um monumento nacional. Com 1.630 km de extensão, atravessa a Mata Atlântica, e passa pelas lindas paisagens formadas pelas montanhas da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar.
O novo decreto lista 183 localidades, entre municípios e distritos, que fazem parte da antiga Estrada Real. Elas fazem parte do conjunto de caminhos da época do Brasil Imperial que abrange Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Aberta pela coroa portuguesa no século 17, a estrada surgiu para ligar o litoral do Rio de Janeiro às áreas de mineração. Hoje, é um atrativo turístico que remonta à história da escoação de ouro e das pedras preciosas retiradas de terras mineiras e pode alavancar o desenvolvimento da região.
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A Lei 14.698, de 2023, que garante o status da estrada, “reconhece a grandeza e dá mais visibilidade a Maior Rota Turística do Brasil, a Estrada Real”, diz o Instituto Estrada Real. A instituição ainda a divide em quatro caminhos:
- Caminho Velho: também chamado de Caminho do Ouro, foi o primeiro trajeto aberto pela Coroa Portuguesa e conecta Ouro Preto a Paraty em 710 km de extensão
- Caminho Novo: é a alternativa mais rápida e fácil ao Caminho Velho e conecta os 515 km de Ouro Preto ao Rio de Janeiro
- Caminho dos Diamantes: liga 395 km de Ouro Preto a Diamantina e ganhou destaque a partir de 1729 pelos diamantes e pedras preciosas
- Caminho Sabarabuçu: a menor da lista, com 160 km de extensão; liga Ouro Preto à Serra do Sabarabuçu (hoje, Serra da Piedade), local cercado de montanhas e lendas sobre ouro na região
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Ouro Preto, que já é Patrimônio Mundial da UNESCO, está entre as cidades históricas de Minas Gerais contempladas pela Estrada Real. Também aparecem na lista: Tiradentes, Diamantina, Congonhas e São João del Rei. No Rio de Janeiro, Petrópolis e Paraty e, no interior de São Paulo, Cunha.
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